terça-feira, 29 de abril de 2014

Falling apart.

Meu sumiço é sinônimo de péssimas notícias, as always. Na real estou um descaso com a minha vida!
Estou sem ânimo até para dormir. Tipo, dá para acreditar?
Não consigo ficar perto de mim mesma, mas como fugir?
Os sonhos não são infinitos, a morte não é aquietação. Estou presa a mim mesma e acho que este é meu pecado. Não consigo conviver com nada. Odeio-me por inteiro! Desde o primeiro fio de cabelo que cresce em mim, até a minha unha do pé. Odeio ser tímida em EXCESSO. Odeio não ter voz ativa, e todos me acharem criança e infantil. Odeio eles por terem razão disto. Odeio-me por trair a mim mesma, com emoções falsas de que eu vou ser alguém na vida.

Onde compra esperança?
Onde compra ignorância?
Estou seriamente carente dos dois. Ao menos se eu tivesse uma fé cega, seria feliz.
Não tem remédio para o que sinto. Todo farmaco me parece inútil. Minhas palavras se fazem desaparecer a cada espaçada que dou. Cada ponto parece ser realmente o ponto final.
Minha vida está a colocar as virgulas, as chances do recomeço.
Acho que a vida deveria, ao menos, vir com um manual de instruções. Não vejo mal nisto.

Nem mesmo a voz belíssima de Andrea Bocelli está a me acalmar. Que chata, insuportável e gorda, sou.
Esses dias estive a tomar todo tipo de medicamento. Comprei miosan e dramim, pois não tinha remédios para dormir, me dopei dos dois, passei mal. Decidi tomar sertralina e zetron, combinados! Deu super certo, me dopei, mas pelo menos não comia nada, emagreci 4 kg. Ok, já ganhei um. Porém, estou a tomar os medicamentos que o psiquiatra me receitou.

Não é fácil. Não é nada fácil ser viciada em remédios. Pensar na morte como se pensa na próxima refeição.
Se auto-destruir em todas as ações do dia-a-dia. Praticar bulimia como ato de sobrevivência.
GRITAR AJUDA!

Não sei mesmo, se eu não melhorar agora, não vejo mais saida para mim, acho que serei para sempre assim. Bulímica e dependente de remédios. Louca, ridícula e não-querida por onde eu for.

Acho que todas as minhas palavras estão desconexas. Eu estou desconexa por inteiro! Desculpem-me.