domingo, 13 de setembro de 2015

Nota do calendário

Vivemos a vida, mesmo não querendo, nos matando aos poucos, num gole de uísque, numa tragada de cigarro, em uma descarga a mais. Que estranho me parece a vida no um quarto de século que me foi concedida. Tenho uma ótima lembrança dos anos 90 e 2000, como foram fantásticos e fabulosos estes, quanta tecnologia e quanta magia podia ver em tudo que se tocava, ainda assim os brinquedos tinham seus cheiros específicos, o parquinho e seu escorregador mal pintado, a fila para enfrentar o balanço. A quermesse e seus brinquedos enormes e reluzentes, bolas rosas de pular, brinquedos mal feitos paraguaios. Bolo de vó, horário de levantar e de dormir, notíciario de 11 de setembro, professora má, professora boazinha. Revistas pré adolescentes, cds com músicas chiclete, Klb, Nsync, Felipe Dylon, tudo era uma febre, porém, como era saudável se apaoixonar por aqueles adolescentes. Bate-papo, msn, icq, orkut. E de repente, boom, você é adulta.
O mundo virtual agora também é acessível ao cachorro da sua vizinha, ao móvel que quer se vendido, ao transeunte que quer um real, é para todos, um dia ainda haverá lei para tal.
O que fazer agora? Onde por as expectativas que todos criaram por aquela garotinha de vestido que sempre brincava de boneca? Uma engenheira? Uma arquiteta?
Não, ela simplesmente, na fase de decidir o que teria de ser quando crescer, vomitava. Comia, chorava, vomitava ainda mais. Todos seus amigos pareciam saber o que queriam, Por que ela não? Então fez algo que parecia ser o que seu coração mandava.
Feito, viu que não lhe retornara emprego e tão mero dinheiro para poder se sustentar. Então, ainda com o dinheiro dos pais e ainda vomitando, chorando, vomitando, e sem caminho, tenta fazer outra faculdade, os pais apostando que a garota do vestido rodado ainda pode ser alguém. E ela com medo de dizer que não sabe o que quer, que simplesmente não sabe, vai...
Mas todo os dias o amanhecer é triste. Por que?
A vida parece não lhe sorrir.
Mas que menina ingrata, tudo lhe tem, tudo lhe reclama. Basta pegar um caminho e seguir? É esta a vida? Pois estou crente que não, pois se for, felicidade seria algo mais matemático e menos filosófico.
Esta, eu, por hora, está aqui escrevendo, procurando vomitar, chorar em palavras, as emoções que sente, mas não consegue expressar um quarto do que o coração lhe oprime.
Sinto, choro, olho para o céu, só quero um caminho a seguir, quero um toque divino, quero ter motivos para acreditar, quero viver.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Please, mom.

Bom dia meus leitores queridos, fiquei muito feliz com os comentários anteriores. Porque realmente pensei que isto aqui estava às moscas, e quem dera se as moscas fossem minhas visitantes.
Bom, não vou dizer que estou melhor, porque não sei mentir, mas estou procurando forças para melhorar, forças das quais as vezes ninguém apoia, então as faço da minha maneira e sozinha, não me importo.
Minha psicóloga disse que era essêncial levar minha mãe pelo menos duas sessões, mas minha mãe disse que ela não precisa ir e que isso é ridiculo e que eu preciso é de Deus para me curar. Pois bem, minha mãe e eu andamos em pé de guerra, agorinha mesmo ela abriu a porta do meu quarto e disse "vê se isso são horas de ficar acordada, apaga essa luz e vai dormir" e eu disse "já acordei agora, não precisa apagar". Eu tenhho uma voz doce e serena, falo com qualquer pessoa deste jeito, não sei gritar e me impor e minha mãe sabe disso, ela grita e se impõe e tira sarro da minha cara, me enfrenta e grita comigo, estou cansada disso.
Domingo ela fez um escandalo enorme porque descobriu que eu tinha um narguile, eu esperei ela ir dormir e fui acender o carvão no fogão, e então das trevas, ela surgiu e mandou eu desligar o fogão, girtando para os vizinhos ouvirem, eu falei com calma "mas por que devo desligar" e ela foi la desligou e jogou a grelha no chçao e deixou amassar parte do fogão, pensei que fosse me queimar, dai ela começou a chorar e disse "eu não quero isso dentro da minha casa, quando você tiver a sua você fuma", sendo que meu irmão tem 19 anos e fuma cigarro, Sim, eu sei que narguile é como 100 cigarros, mas e dai, eu quero fumar as vezes.
Sabe, nem é por isso, ela só grita e briga comigo, como se eu fosse a pior filha do mundo, só fala mal de mim, para ela eu não tenho uma qualidade, ela não tece um elogio se quer sobre mim, não é carinhosa, nem nada e isso me fere muito, muito mesmo.